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Cultura para cidadania

sexta-feira, outubro 9th, 2009

Do site do Pontão Ganesha

Usar cultura para erradicar a violência e o crime. O Ponto de Cultura Malha Cultural oferece atividades nas áreas de dança e artes visuais para moradores da periferia de Cambé, interior do Paraná. O projeto que existe há mais de três anos é desenvolvido pela Fundação cultural de Cambé.

As atividades desenvolvidas dão aos jovens da periferia uma nova oportunidade. Além do acesso à cultura, o Ponto de Cultura possibilita que através das oficinas os adolescentes encontrem caminhos para a profissionalização. “Muitos dos jovens que fizeram as oficinas com a gente, atualmente trabalham como nossos monitores, ou estagiam em projetos sociais desenvolvidos pela fundação” comenta o Coordenador do Ponto de Cultura, José Anésio.

O Ponto de Cultura Malha possui dois núcleos: um junto à Fundação Cultural de Cambé, e outro localizado no Bairro Jardim Silvino, periferia da cidade, onde realiza suas oficinas e eventos. Para o coordenador do projeto, a instalação do ponto de cultura na comunidade pode ampliar as oficinas que já eram desenvolvidas pela Fundação. “Hoje a gente trabalha aqui com a linha da arte-educação não formal, o que oportuniza aos jovens que antes ficavam na rua, serem inseridos em novas possibilidades, além de envolverem-se com Cultura” ressalta.

Atualmente, na aréas de artes visuais, o ponto oferece oficinas de ‘Arte e Criação para crianças’, Pintura, Quadrinhos, Vídeo-animação e Escultura, já entre as danças, as oficinas são de Ballet, capoeira e hip-hop (esta última envolvendo toda a cultura de rua). As oficinas são fixas, com duração de um ano cada. Interessados em conhecer as atividades promovidas pela equipe, podem visitar a sede, localizada na Praça Santos Dumond, nº161, Bairro Centro, ou entrar em contato através do email artistico@cambe.pr.gov.br e do telefone (43) 31740283.

Comunicação e Cultura: pautas complementares

sexta-feira, junho 19th, 2009

Rachel Callai Bragatto
Membro do Coletivo Soylocoporti e da equipe Kuai Tema

Entre os dias 1 e 3 de dezembro acontecerá a I Conferência Nacional de Comunicação. A convocação pelo presidente Lula, mesmo que tardia, é um fato a ser comemorado pelos movimentos sociais e entidades que buscam uma maior democratização do setor e do país. Espera-se que com este evento possam ser discutidos temas centrais para a efetivação de parte das mudanças necessárias para o país.

Devemos ter na pauta questões como a imagem da mulher na mídia, a homofobia e o preconceito propagados pelos meios de comunicação de massa. Aguarda-se ainda o debate sobre o monopólio das concessões de rádio e televisão, a implementação do sistema público de comunicação, a universalização da Internet e da banda larga, a digitalização da TV e do rádio e a consequente migração dos canais analógicos para os digitais, além da entrada das teles no mercado de produção de conteúdo e a necessária regulamentação do setor.

Será, portanto, um momento em que as pautas políticas dos diferentes setores que compõem a sociedade brasileira poderão ser colocadas e defendidas, procurando incidir na definição das políticas públicas e na legislação brasileira.

Nesse sentido, avalia-se que para garantir as mudanças que julgamos fundamentais será necessária articulação e coesão do campo progressista e popular. Sem dúvidas, temos condições de construir um programa mínimo comum e, assim, fazer a defesa conjunta dos interesses difusos que fazem parte das mais diversas lutas.

O Coletivo Soylocoporti compreende que sua função nesse debate é contribuir para a construção de políticas que levem em conta a complementariedade da comunicação e da cultura – buscando a multiplicação dos atores envolvidos e a diversidade das idéias propagadas.

Nos atendo ao artigo 221 da Constituição Brasileira, concluíremos que as emissoras de rádio e TV devem buscar, preferencialmente, finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas, promovendo a cultura nacional e regional e estimulando a produção independente.

Porém, por que isso não ocorre? Por que um princípio contitucional, previsto em nossa carta magna, é desobedecido diariamente na maioria das emissoras comerciais?

A resposta é, ao mesmo tempo, muito simples e muito complexa. Por um lado, podemos dizer que o que falta é a regulamentação do princípio. Dessa forma, precisamos responder a questões como: que regulamentação queremos? Em qual sentido apontaremos? E, portanto, o que é produção regional? O que é produção independente? Como medir se um programa tem finalidades culturais? Quanto de produção regional e independente devemos ter?

Nesse debate entram, é lógico, fatores econômicos e o desafio político que é mexer com os barões da mídia corporativa nacional e mudar as regras do jogo. Regulamentar este princípio de forma progressista é garantir espaço para muitos produtores e produtoras que são diariamente escanteados e cujo trabalho não alcança visibilidade pública. Significa alterarmos a relação de forças e darmos voz à outras produções, a atores que tem o que dizer mas não conseguem veicular suas manifestações.

Além disso, por outro lado, devemos nos questionar que tipo de produção iremos publicizar ao conseguirmos esse espaço. Não é apenas uma questão política, mas um aspecto que diz respeito ao formato que adotaremos. Isto é, ao alcançarmos a esfera da visibilidade pública, de que forma exporemos nossas idéias? Como nos comunicaremos? Iremos adotar os mesmos padrões utilizados hoje em dia ou acreditamos que a cultura tem diversas formas de expressão e que precisamos nos valer delas?

Sendo assim, compreendemos que cabe aos movimentos culturais buscar essas formas e trazê-las à luz. É preciso que mostremos que temos condições de nos apropriar dos meios de comunicação e que temos o que dizer, tanto nos formatos tradicionais quanto em formatos novos, provocadores, inusitados. Já o movimento de comunicação precisa se voltar para esse debate mais técnico, lutando para que possamos incidir, de fato, na produção regional e independente, garantindo a regulamentação necessária para uma real efetivação desses aspectos.

É uma luta de mão dupla e apenas juntos podemos avançar. O Soylocoporti segurirá contribuindo nesse sentido. Cabe aos movimentos e entidades que ainda não despertaram para esse momento histórico virem se somar ao processo, trazendo suas idéias, propostas e contribuições. É a hora de fortalecermos nossa plataforma política mínima para a I Conferência Nacional de Comunicação, acumulando propostas e desenhando a mídia que queremos ver nesse país e a cultura diversa que deve ser propagada!

Lançamento do Pontão de Cultura Kuai Tema

sexta-feira, maio 22nd, 2009
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Diversas entidades, produtores e incentivadores da cultura estiveram presentes no evento.

Cultura, integração e cooperação são as palavras que resumem o espírito do lançamento do Pontão de Cultura Kuai Tema – Integração pela Liberdade. A atividade ocorreu na noite desta quinta-feira (21), na APP Sindicato e contou com a presença de cerca de sessenta pessoas. O projeto é uma iniciativa do Coletivo Soylocoporti em conjunto com o Ministério da Cultura (MinC) e é responsável por articular os pontos de cultura do Paraná, documentar sua atuação, capacitá-los e integrá-los por meio de ferramentas de comunicação baseadas em software livre.

De modo descontraído e já dando o ambiente da noite, a Companhia de Teatro da Associação de Moradores do Salgueiro, do Sítio Cercado, fez uma apresentação teatral buscando problematizar algumas das dificuldades da vida na sociedade contemporânea. Na sequência, foi composta a mesa de abertura, que teve a representação de diversos órgãos públicos, mandatos de parlamentares e entidades ligadas à cultura, educação e comunicação.

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Representantes de entidades e do poder público formaram a mesa de abertura.

Representando o Coletivo Soylocoporti, João Paulo Mehl deu início ao debate, explicando as razões que levaram o grupo a pleitear o convênio com o MinC para a criação do Pontão de Cultura Kuai Tema. De acordo com ele, “a cultura e a comunicação andam juntas, na medida em que se faz necessário divulgar e documentar as distintas expressões artísticas para garantir a soberania cultural e a diversidade humana. Dessa forma o papel do Pontão Kuai Tema, que é integrar e articular as iniciativas culturais em curso, vem ao encontro dos nossos ideais”.

Já o representante do Fórum de Culturas Populares, Renato Perré, enfatizou em sua fala a função social da cultura e, em especial, dos pontos de cultura. “Essa iniciativa tem a responsabilidade de levar às pessoas uma melhor condição humana. Ao nos colocarmos como interlocutores entre o poder público e a sociedade, fazemos um papel revolucionário: possibilitamos que a população fale e torne-se protagonista de sua própria história”, definiu.

Nesse sentido, o Fórum de Entidades Culturais, representado por Waltraud Sekula, parabenizou o grupo pela ousadia e colocou-se à disposição para contribuir no projeto. “Precisamos construir uma teia das iniciativas culturais paranaenses, de modo que não fiquemos isolados. Um fio é facilmente cortado, mas a teia não. Ela tem elasticidade, porém não se rompe facilmente”, refletiu.

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Érico Massoli explicou as diretrizes do Pontão de Cultura Kuai Tema. Ao fundo, Renato Perré.

Os trabalhos do Pontão Kuai Tema tiveram início em janeiro e devem ser concluídos até dezembro de 2009, sendo que o convênio pode ser renovado por mais um ano. É dividido em seis fases que incluem desde a implantação física e planejamento até a execução de seminários de capacitação, confecção da Cartilha da Cultura e realização do Festival de Cultura do Paraná.

Para Érico Massoli, membro do Soylocoporti e da equipe executora do projeto, o propósito é ampliar a visibilidade das pequenas iniciativas culturais no Estado, possibilitando que dialoguem entre si, troquem experiências e alcancem cada vez mais pessoas. “A cultura é um direito humano, sendo que o Estado deve disponibilizá-lo a todos os cidadãos. Esse é o entendimento do Soylocoporti e é por isto que encaramos o desafio de trabalhar pela integração das iniciativas culturais paranaenses”, resume.

Nesse momento, o grupo responsável pelos trabalhos está realizando o mapeamento das iniciativas e documentando a atuação dos pontos de cultura – o que resultará em mini-documentários e informações para a Cartilha da Cultura do Paraná. A etapa seguinte será a realização de seminários de capacitação em cada uma das macroregiões do Paraná, discutindo noções de gestão cultural, comunicação e tecnologias livres e políticas para a cultura. Por fim, em novembro, será realizado o Festival de Cultura do Paraná, que pretende reunir todos os pontos conveniados no estado (até agora 36 de acordo com o MinC), realizando oficinas, seminários, debates e apresentações artísticas.

Pontos e Pontões de Cultura – uma parceria entre Estado e sociedade civil

“Quem produz cultura é a sociedade. Cabe aos governos identificar e fomentar tais iniciativas”

É a partir dessa perspectiva que o Governo Federal e o Ministério da Cultura (Minc) lançaram em 2007 um programa de incentivo à produção cultural brasileira: o Mais Cultura. De acordo com o Minc, “o programa marca o reconhecimento da cultura como necessidade básica, direito de todos os brasileiros, tanto quanto a alimentação, a saúde, a moradia, a educação e o voto”.

A cultura é então incorporada como importante fator para o desenvolvimento do país, sendo que três premissas passam a ser observadas: a democratização do acesso e do direito de produzir cultura; o olhar atento ao mundo das tecnologias que promovem mudanças sociais e o potencial econômico da cultura.

Nesse sentido, uma das principais ações é a criação dos Pontos de Cultura – iniciativas desenvolvidas pela sociedade civil que, por meio de seleção por editais públicos, firmam convênio com o Minc e ficam responsáveis por impulsionar experiências culturais que já existem nas comunidades. Atualmente, são mais de 800 Pontos de Cultura espalhados pelo país.

E é diante do sucesso e ampliação do programa que o Minc decide criar mecanismos de articulação entre os diversos pontos, compreendendo que é fundamental realizar trocas de experiências entre as iniciativas. Assim surgem as Redes de Pontos de Cultura e os Pontões de Cultura, sendo que os Pontões são os entes de integração dentro da Rede de Pontos de Cultura.

Entenda o Pontão de Cultura Kuai Tema

O Kuai Tema é fruto do trabalho do Coletivo Soylocoporti, que tem a questão cultural como uma de suas prioridades. Dessa forma, a entidade candidatou-se como Pontão de Cultura principalmente pelo reconhecimento da necessidade de articulação, integração, documentação e capacitação dos pontos de cultura já existentes no Paraná. Entende-se que a rede de pontos presente hoje no estado deve ser potencializada, de modo a ampliar o alcance e o impacto de suas ações sobre as comunidades envolvidas.

Após os trabalhos do Pontão, pretende-se deixar uma rede de comunicação articulada entre os pontos de cultura, sendo estes capazes de avaliar a sua atuação na sociedade e criar espaços de articulação própria, reconhecendo a integração como importante para sua sobrevivência.

Pontão de Cultura Kuai Tema: integração pela liberdade

terça-feira, maio 19th, 2009

Articular os Pontos de Cultura do Paraná, documentar sua atuação, capacitá-los e integrá-los por meio de ferramentas de comunicação baseadas em software livre. Esses são os propósitos centrais do Pontão de Cultura Kuai Tema, que será lançado oficialmente na quinta-feira (21), às 19 horas, na APP Sindicato (Edifício Asa, 14 andar). O projeto é uma iniciativa da associação civil Soylocoporti em conjunto com o Ministério da Cultura.

O projeto teve início em janeiro e deve ser concluído até dezembro de 2009, podendo ser renovado por mais um ano. É dividido em seis fases que incluem desde a implantação física e planejamento até a execução de seminários de capacitação, confecção da Cartilha da Cultura e realização do Festival de Cultura do Paraná.

Nesse momento, o grupo responsável pelos trabalhos está realizando o mapeamento das iniciativas e documentando a atuação dos pontos – o que resultará em mini-documentários e informações para a Cartilha da Cultura. A etapa seguinte será a realização de seminários de capacitação em cada uma das macroregiões do Paraná. De acordo com o Ipso, são cerca de 21 Pontos de Cultura no Paraná e mais de trinta mil pessoas que recebem os benefícios diretos ou indiretos da atuação dos pontos nas comunidades.

Após os trabalhos, pretende-se deixar uma rede de comunicação articulada entre os pontos de cultura, sendo estes capazes de avaliar a sua atuação na sociedade e criar espaços de articulação própria, reconhecendo a integração como importante para sua sobrevivência. Além disso, os instrumentos de comunicação criados no período de execução do Pontão terão um regimento público para o seu uso e manutenção, não sendo desfeitos ao final do projeto Kuai Tema. Os pontos terão, portanto, ferramentas de comunicação a seu dispor e pessoal treinado para seguir produzindo conteúdo – ganhando, assim, soberania e garantindo sua auto-organização por meio da rede.

Pontos e Pontões de Cultura – uma parceria entre Estado e sociedade civil

“Quem produz cultura é a sociedade. Cabe aos governos identificar e fomentar tais iniciativas”

É a partir dessa perspectiva que o Governo Federal e o Ministério da Cultura (Minc) lançaram em 2007 um programa de incentivo à produção cultural brasileira: o Mais Cultura. De acordo com o Minc, “o programa marca o reconhecimento da cultura como necessidade básica, direito de todos os brasileiros, tanto quanto a alimentação, a saúde, a moradia, a educação e o voto”.

A cultura é então incorporada como importante fator para o desenvolvimento do país, sendo que três premissas passam a ser observadas: a democratização do acesso e do direito de produzir cultura; o olhar atento ao mundo das tecnologias que promovem mudanças sociais e o potencial econômico da cultura.

Nesse sentido, uma das principais ações é a criação dos Pontos de Cultura – iniciativas desenvolvidas pela sociedade civil que, por meio de seleção por editais públicos, firmam convênio com o Minc e ficam responsáveis por impulsionar experiências culturais que já existem nas comunidades. Atualmente, são mais de 800 Pontos de Cultura espalhados pelo país.

E é diante do sucesso e ampliação do programa que o Minc decide criar mecanismos de articulação entre os diversos pontos, compreendendo que é fundamental realizar trocas de experiências entre as iniciativas. Assim surgem as Redes de Pontos de Cultura e os Pontões de Cultura, sendo que os Pontões são os entes de integração dentro da Rede de Pontos de Cultura.

Serviço

Lançamento do Pontão de Cultura Kuai Tema
Quinta-feira, 21 de maio, às 19 horas
APP Sindicato – Edifício Asa, 14 andar.
Informações – Rachel (9993-0488) ou Marco (9678-9696)

Assinado o convênio para novos Pontos de Cultura no Paraná

terça-feira, abril 28th, 2009

Em cerimônia no Auditório Poty Lazarotto, do Museu Oscar Niemeyer, foi assinado nesta terça-feira, dia 28/04 o convênio entre o governo do estado e o Ministério da Cultura, que permite a criação de 70 novos Pontos de Cultura no Paraná.

Da esquerda pra direita, Governador Roberto Requião, o Ministro Juca Ferreira e Vera Mussi, secretária de cultura

Da esquerda pra direita, Governador Roberto Requião, o Ministro Juca Ferreira e Vera Mussi, secretária de cultura

O lançamento iniciou com uma fala do Ministro, Juca Ferreira, apresentando o MAIS Cultura e seu potencial impacto na cultura paranaense. Logo após, o governador Requião discursou sobre alguns projetos tocados pela Secretaria de Estado da Cultura (SEEC) e também ações realizadas pelo Museu Oscar Niemeyer. A secretária de cultura não se pronunciou.

A cerimônia ainda contou com a presença da secretária de Articulação Institucional do MinC e coordenadora nacional do Mais Cultura, Silvana Meireles, e do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Luiz Fernando de Almeida.

O edital para a implantação dos novos Pontos de Cultura será lançado ainda este ano e prevê a destinação de R$ 180 mil para cada unidade. Deste total, R$ 120 mil são provenientes do orçamento do MinC e R$ 60 mil são a contrapartida do governo do estado. Os recursos são destinados a aplicação em infraestrutura e ações culturais, num período de três anos, prazo estabelecido no programa para o início da autonomia financeira dos Pontos de Cultura.

Após a cerimônia em Curitiba, a comitiva ministerial seguiu para os municípios de Mallet, Irati e Prudentópolis, região de colonização ucraniano-polonesa, para uma agenda de valorização à diversidade cultural do povo brasileiro. Também acompanham a visita o deputado federal Ângelo Vanhoni (PT-PR), o deputado estadual Felipe Lucas (PPS-PR) e o superintendente substituto da Caixa Econômica Federal, Arielson Bitencourtt.