Cultura digital, gestão de projetos, produção jornalística, Conferência e Sistema Nacional de Cultura foram os temas tratados no primeiro dia do Seminário Norte do Ciclo Paranaense de Cultura Digital, que aconteceu nesta quinta-feira (27), em Cambé. Cerca de 50 pessoas participaram da atividade, de mais de 10 municípios da região, como Bela Vista do Paraíso, Cambé, Florestópolis, Jataizinho, Londrina, Maringá, Pitangueiras, Rolândia, Sabáudia, Sertanópolis.
O prefeito de Cambé, João Pavinato, a vice-prefeita, Maria Aparecida Pascueto, e o presidente da Fundação de Cultura, Eduardo Pavinato, participaram da abertura, que teve seqüência com a primeira mesa de debates, sobre políticas culturais e cultura digital. Os representantes do Ministério da Cultura, Patrícia Del Claro, do Coletivo Soylocoporti, Érico Massoli, do Pontão de Cultura Kuai Tema, Rachel Callai Bragatto e do Ponto Malha Cultural e Cidandania, Wilson Inácio problematizaram questões como a indústria cultural, a dificuldade de divulgar as experiências dos pontos e entidades, a importância da organização em redes e da troca de experiências. Para a participante do Ponto Resgate da Cultura Camponesa, Cristina Sturmer, há a necessidade de se apropriar das novas ferramentas de comunicação e utilizá-las de modo colaborativo e em rede. “Só produzindo a nossa própria mídia podemos contar para a sociedade o que fazemos, quais os nossos valores, como vemos o mundo. Isso é central para que nossas experiências tenham impacto social”, afirma.
Já no segundo debate do dia, foram levantadas discussões sobre o funcionamento do Sistema Nacional de Cultura, dos conselhos municipais de cultura e da própria Conferência de Cultura. Para dialogar com os participantes, foram convidados o jornalista da Quixote Art, Luciano Lacerda, e os representantes do Fórum de Dança de Curitiba, Marila Vellozo, da Associação Cultural Regional 6, Ronilson Moura da Silva, e do Pontão de Cultura Kuai Tema, Marco Amarelo Konopacki. Como pontuou Wilson Inácio, “fica entre os participantes o sentimento da necessidade de se articular e se mobilizar para incidir nos diversos debates que estão em curso, de modo que a sociedade e o poder público unam esforços para a construção de políticas culturais efetivas”.
Em seguida, iniciou-se a oficina a respeito de gestão de projetos, também com Luciano Lacerda. Os convênios e suas exigências, as leis de incentivo à cultura, a captação e prestação de contas dos pontos de cultura estiveram em voga.
E, para fechar o dia, houve a oficina de produção jornalística, com a comunicadora do Pontão Ganesha, Luciane Zue. Foram abordados os gêneros jornalísticos, política editorial, as diferenças entre jornalismo e literatura e também dadas algumas dicas. “Gostei de saber que posso começar uma notícia com as respostas a algumas perguntas, por exemplo, quem fez o que, onde, quando, por que e como. Isso nos ajuda na hora de contar o que está acontecendo no ponto”, disse Vitor Hugo Rodrigues, do Ponto Malha Cultural e Cidadania.
As atividades seguem amanhã, a partir das 8 horas, na Funcac, Praça Santos Dumont, 161, Centro, em Cambé. Oficinas de produção em áudio, vídeo e blogs acontecem durante o dia.
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